Com ruas em que o nível da água chega até a cintura, Canoinhas, no Norte de Santa Catarina, registra a presença do Exército para ajudar moradores que precisam sair de casa. Mais de 1,1 mil pessoas deixaram as próprias residências por causa da enchente.
Desde 4 de outubro, a cidade registra estragos por causa da chuva. Além de alagamentos, houve quedas de árvores, destelhamentos, barracões destruídos, danos nas estradas e prejuízo na agricultura. Além disso, as aulas precisaram ser suspensas em algumas ocasiões, especialmente no interior do município.
Ontem quarta-feira (18), três equipes de militares auxiliaram os moradores. Junto com voluntários, eles também distribuem alimentos e outros donativos aos desalojados. O Rio Canoinhas está a 7 metros acima do normal, mesmo sem chuva.
Seis abrigos públicos continuam montados, e mais de 100 pessoas estão nesses locais. Além disso, também foi montado um local para receber os animais dos moradores afetados.
Sem saber quando a água vai baixar completamente, o município continua arrecadando donativos. Dez mil quilos de alimentos são distribuídos. O Rio Canoinhas segue em estado de emergência.
Em todo o estado, 149 municípios registraram prejuízos desde 3 de outubro por causa das chuvas. Seis pessoas morreram e um bebê ficou ferido. Decretaram situação de emergência 133 municípios. Rio do Sul e Taió, no Vale do Itajaí, estão em calamidade pública.
Previsão do tempo:
A Defesa Civil alerta para temporais com chuva intensa nesta quinta (19). Há risco de destelhamentos, danos na rede elétrica, queda de galhos e árvores, alagamentos e enxurradas. A chance de danos é maior no Oeste e partes da Serra e do Norte.
Além desse alerta, segue o risco alto para deslizamentos em todo o estado, por causa do solo encharcado com a chuva dos últimos dias. A chance de quedas de barreiras é maior na Serra, Vale do Itajaí e Norte. Confira no mapa abaixo:
A Defesa Civil pede que a população fique atenta a sinais de possíveis deslizamentos:
- Se há inclinação de cercas, muros, postes e árvores;
- Aparecimento de água e protuberâncias na base da encosta;
- Sons incomuns, como árvores quebrando e estalos na encosta
- Rachaduras ou fendas em encostas;
- Rachaduras novas nas paredes;
- Portas ou janelas empenarem ou emperrarem de repente;
- Muros e paredes estufadas;
- Estalos;
- Águas mais barrentas que o normal.
A população pode pedir ajudar pelo telefone 193, para o Corpo de Bombeiros, e 199, para a Defesa Civil.
Por G1 / Demais FM