Saúde

Pastora morre aos 38 anos com suspeita de dengue e abala Joinville; ‘Choramos sua partida’

Um laço de quase 18 anos foi interrompido inesperadamente. Fabio Martinho Cardoso precisou dizer adeus esta semana à esposa, amiga e conselheira. “Era uma pessoa incrível”. Essas são as palavras que o marido encontra neste momento de dor para descrevê-la.

Maria Carolina Ventura Cardoso, de 38 anos, morreu na última quinta-feira (29) por suspeita de dengue e deixou familiares, amigos e a comunidade evangélica em Joinville, no Norte catarinense, abalada.

A professora acumulava admiradores e profissões. Além de educadora, era mãe, pastora e palestrante. Na Cena (Comunidade Evangélica Novo Amanhecer), em Joinville, era líder do Ministério Infantil.

“Nossa preciosa irmã Carol voltou para casa, ela foi incrível, uma mulher que marcou a vida das nossas crianças, ensinando a amar a presença de Jesus”, escreveu a comunidade em homenagem nas redes sociais.

As mensagens de despedida e carinho a Carol se acumulam. “Uma mulher cheia de deus e apaixonada por nossas crianças. O seu legado ecoará”, diz uma das homenagens.

“Tanto amor pelos nossos pequenos. Nós trouxe muita alegria. Hoje choramos sua partida, mas saberemos que é um até breve”, escreveu uma amiga na publicação.

Luta pela vida
Segundo o marido, Carol começou a sentir um mal-estar e febre no último domingo (25). O quadro se intensificou no dia seguinte, e ela foi levada pelo companheiro até uma unidade de pronto-atendimento, onde recebeu ajuda. A suspeita, contudo, era de gripe.

“Terça-feira parecia melhor, mas na madrugada piorou só que de manhã estava melhor. Eu quis levá-la no hospital, mas ela disse que não precisava, pois já se sentia melhor”, conta Fabio. Porém, a situação se agravou.

Na tarde de quarta-feira (28), ela fez dois testes de covid-19 e dengue, ambos deram negativo. “À noite corri com ela para o Hospital São José, porque estava com dores no corpo e sudorese. Lá ela foi atendida e encaminhada para a emergência e não voltou mais”, relembra.

Conforme Fabio, a esposa tinha esclerose sistêmica, doença autoimune. “O médico mencionou para mim que realmente era dengue. O caso mais grave. No atestado de óbito também foi informado que a dengue foi um dos causadores. A dengue e a esclerose fizeram com que ela tivesse uma hipertensão e os batimentos cardíacos diminuíssem”, revela.

Carol sofreu três paradas cardíacas e não resistiu. O óbito foi confirmado na quinta-feira. Ela foi sepultada nessa sexta-feira (1º), em Joinville, diante de uma cerimônia emocionante e repleta de admiradores.

Cidade lidera mortes por dengue em SC
Em Joinville, a Dive (Diretoria de Vigilância Epidemiológica) investiga duas mortes por dengue. Outras nove já foram confirmadas em exames epidemiológicos, levando a cidade a registrar o maior numero de óbitos no Estado pela doença.

Entre as vítimas confirmadas, está um bebê de 1 mês e 29 dias. Em estado de emergência, o município também vive uma explosão de casos com mais de 2,8 mil confirmados e 9.245 sob investigação.

‘Perda irreparável’: pai e filha morrem no mesmo dia e hora com suspeita de dengue
Outro caso envolvendo a doença que entristeceu Joinville foi a morte de pai e filha no mesmo dia e horário em hospitais diferentes da cidade. A família revela que foi por complicações causadas pela dengue.

Francisco Jatczak, de 95 anos, e a filha Teresinha, de 67, moravam no bairro Boa Vista. Segundo a neta Tatiane Karpinski, eles contraíram dengue e foram internados: o avô no Hospital da Unimed e a tia no Hospital Regional Hans Dieter Schmidt.

Fonte/NDmais

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