Hagatha já está de alta médica, está na sua casa junto de sua família, e vem se recuperando das graves queimaduras.
Conforme conversa com a sua mãe, Jesiele Aparecida Bueno Mallmann Lopes, ela continua indo a Curitiba, capital paranaense, mensalmente, para avaliações médicas e acompanhamento devido aos enxertos realizados, e também para acompanhamento nas queimaduras. Esse acompanhamento, segundo a mãe, é necessário também devido à fase de crescimento de Hagatha, a pele cresce, mas o enxerto não. Então, o médico precisa acompanhar.
Jesiele comenta que ela vinha usando protetor solar por recomendações médicas, mas devido ao calor e suor, ela sentia muita coceira e ardência nos locais, então foi suspensa pelo médico. Hagatha passou a fazer uso de vaselina que ajuda na cicatrização, alivia a coceira no local e mantém a pele hidratada, porém a recuperação se torna um pouco mais lenta.
Hagatha ainda não pode tomar sol, pois não consegue fazer uso do protetor solar.
A mãe comenta que está bem inchado o local das queimaduras, talvez precise utilizar uma malha para evitar a formação de queloides (crescimento anormal de tecido cicatricial que se forma no local de um traumatismo, corte ou cirurgia de pele) no local.
Após 35 dias de internamento, ao voltar para casa, a recuperação de Hagatha acelerou bastante, diz a mãe. Jesiele ainda comenta que, em maio, Hagatha passará por avaliação para ver a necessidade de nova cirurgia para remoção da pele crescida nos ferimentos.
A família e também agradecem a todos que contribuiram com doações pelo PIX, que pode auxiliar a família no tratamento da pequena Hagatha.
Relembre o caso:
Hagatha é filha de Elivelton Lopes (conhecido como Cigano) e Jesiele Aparecida Bueno Mallmann Lopes, ouvintes da Demais FM, e ex-moradores de Taió–SC. Hoje, moram em Santo Antônio do Sudoeste, no Paraná.
Elivelton, pai de Hagatha é servidor público na Prefeitura Municipal de Dionísio Cerqueira–SC e Jesiele sua mãe, é dona de casa e cuida das crianças e afazeres domésticos.
Jesiele procurou a Demais FM e contou a nossa reportagem que “na manhã do dia 21 de janeiro deste ano, quando seu esposo saiu de casa para ir até a casa da sua irmã e seu cunhado para abater um porco para o consumo das famílias.” Por volta das 10h da manhã, o esposo retornou até a casa para buscar ela e seus três pequenos para ir ajudar nos trabalhos e almoçar na casa da irmã. “Ao chegar no local, meus filhos e seus primos foram brincar. Eu fui auxiliar no corte da gordura do animal para depois, como popularmente conhecido, aquecer (derreter) para a extração de banha e o torresmo.”
Com as gorduras do animal no “tacho” já quase com torresmo e banha prontos, conta a mãe que foram almoçar. “Sentei-me ao lado da Hagatha e dei almoço a ela, e assim que ela terminou, foi brincar com as crianças e eu fui almoçar com minha irmã. Meu esposo e meu cunhado, verificaram que a banha e o torresmo estavam prontos, tiraram o “tacho” do fogo e deixaram no chão e voltaram terminar de almoçar.”
A mãe emocionada conta a nossa reportagem que, em questão de segundos, “Hagatha se aproxima do ”tacho” de banhas, quente, recém-retirado do fogo e, por estar com as sandálias molhadas, escorrega e cai de costas dentro do recipiente com banhas quentes.” Jesiele relata que ouviu os gritos da filha de apenas 2 anos e que seu marido, em um ato de amenizar a dor de sua filha naquele momento, puxou a pequena pelos braços e imergiu a criança em uma caixa de águas limpas. “Após isso, levamos ela para o Hospital de Santo Antônio, onde ela no domingo (21) meio-dia foi internada e permaneceu até as 3h da manhã, quando foi transferida para Francisco Beltrão, no Paraná. Dia 23 de janeiro, ela foi novamente transferida para Curitiba, onde se encontra até hoje na UTI do hospital especializado em queimaduras, com queimaduras de segundo e terceiro grau.”
Por Demais FM.
