Geral

Robô indiano aterrissou e se prepara para começar a exploração do polo sul da Lua

 

A Índia começou a inspecionar a superfície da Lua com um robô de exploração nesta quinta-feira (24), um dia depois de ter se tornado o primeiro país a pousar uma nave não tripulada perto do polo sul lunar.

O robô Pragyan,”sabedoria” em sânscrito, saiu do módulo de pouso horas depois de a Índia ter concretizado um marco em seu ambicioso programa espacial de baixo custo, provocando grande euforia em todo o país.

O robô móvel “desceu do módulo de pouso, e a Índia caminhou sobre a Lua”, afirmou a ISRO (Organização Indiana de Pesquisa Especial) na plataforma X (antigo Twitter).

Na véspera, o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, falou do sucesso da missão nesse “dia histórico”.

O robô, que tem seis rodas e funciona com energia solar, percorrerá essa região pouco mapeada do satélite e transmitirá imagens e dados científicos durante as duas semanas de missão.

O pouso na Lua da terceira missão

Chandrayaan, que significa “nave lunar” em sânscrito, pousou nesta quarta-feira (23) às 12h34 GMT (9h34 de Brasília), poucos dias depois de uma sonda russa ter caído na mesma região.

Até esta semana, apenas União Soviética, Estados Unidos e China haviam conseguido levar missões à superfície da Lua.

A missão Chandrayaan-3 inclui um módulo de pouso chamado Vikram — que significa “valor” em sânscrito — e o robô móvel Pragyan.

Lançada há seis semanas, a Chandrayaan-3 demorou muito mais para chegar à Lua do que as missões Apollo, dos EUA, nas décadas de 1960 e 1970, que alcançaram o satélite em poucos dias.

Chegada do robô na Lua é motivo de orgulho

A Índia utiliza foguetes menos potentes do que os dos Estados Unidos na época, por isso a sonda precisou orbitar a Terra várias vezes para ganhar velocidade antes de seguir para a Lua.

O país tem um programa aeroespacial de baixo custo em comparação com o de outras potências, mas ele cresceu notavelmente desde que a Índia enviou sua primeira nave espacial para orbitar a Lua, em 2008.

O orçamento para essa missão é de US$ 74,6 milhões (R$ 365 milhões na cotação atual), prova da engenharia espacial mais barata da Índia.

Os especialistas dizem que os custos baixos são obtidos por meio de cópia e adaptação da tecnologia espacial existente.

Também do aproveitamento da abundância de engenheiros altamente qualificados que cobram muito menos do que os profissionais estrangeiros.

Superação

O povo da Índia está especialmente emocionado neste momento, em parte devido à espera de cerca de 5 anos desde que a missão anterior, Chandrayaan-2, fracassou.

Nessa ocasião, o módulo saiu de órbita e começou a girar descontroladamente, deixando uma imagem duradoura na memória de todos: o chefe da ISRO emocionalmente abalado com o fracasso.

 

Com informações do portal R7

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Grupo de Notícias