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Ex-prefeito de Major Vieira foi indicado para esquema de propina por ex-prefeito de Bela Vista do Toldo, diz MP

 

O ex-prefeito de Major Vieira, Adilson Licszkovski, teria sido convidado a participar no esquema de propina para favorecer o Grupo Serrana em fraudes licitatórias pelo ex-prefeito de Bela Vista do Toldo, Adelmo Alberti, de acordo com informações que constam no parecer do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) ao acatar a denúncia contra ele emitida pelo Ministério Público (MP).

Segundo as informações contidas no voto do TJSC, o ingresso do denunciado na dita organização criminoso se deu por intermédio do então prefeito de Bela Vista do Toldo, Adelmo Alberti, que se prontificou em expor todos os detalhes da organização criminosa a Adilson, explicando o funcionamento de todo o esquema em relação às fraudes em contratações públicas para serviços de gerenciamento de resíduos sólidos utilizadas pelo grupo empresarial Serrana para obtenção de vantagens mútuas.

O primeiro contato entre Adilson Lisczkovski com algum colaborador da Serrana que tivesse conhecimento das ações criminosas e que também fosse integrante do esquema, por exemplo, se deu a partir de uma indicação direta do ex-prefeito de Bela Vista do Toldo, Adelmo Alberti, para que o representante da Serrana procurasse Adilson, de acordo com informações apontadas pelo MP.

Nesta ocasião, inclusive, o pedido inicial de Adilson para favorecer o Grupo Serrana em fraudes licitatórias no município de Major Vieira teria sido de R$ 10 mil em mesada. Diante da negativa de representantes da empresa, o valor acordado entre as partes ficou em R$ 5 mil.

A investigação aponta que ele teria ingressado no esquema de recebimento de propina que culminou na Operação Mensageiro no final de 2021, e permanecido associado à organização criminosa até o dia 27 de abril de 2023, quando foi preso por equipes do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco).

Equipes do Gaeco prenderam Adilson no dia 27 de abril de 2023, logo após ter sido deflagrada a 4ª fase da Operação Mensageiro. Com a decisão do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) de acatar a denúncia do Ministério Público (MP) contra o prefeito, ele agora é mais um dos réus da operação.

A Câmara de Vereadores de Major Vieira confirmou, em duas votações por unanimidade, a extinção do mandato do então prefeito Adilson Lisczkovski (Patriota), no início de agosto. Seu então vice, Edson Schroeder (PT), foi quem assumiu definitivamente o cargo de prefeito até o final do mandato.

Em entrevista ao JMais no momento de sua posse, Schroeder revelou que seguirá o plano de governo de seu antecessor e que sempre terá admiração por ele, visto que além de parceiros na política, são também amigos pessoais.

Na sexta-feira, 25, Adilson foi solto. Seu advogado comemorou a decisão: “A defesa comemora a liberdade do prefeito Adilson e manifesta, mais uma vez, sua crença no poder judiciário catarinense”, disse Marcelo Peregrino Ferreira.

Adilson foi solto porque firmou acordo de colaboração premiada com o Ministério Público. Como ele não tinha envolvimento com nada além da Serrana, o acordo firmado previu quatro meses de prisão, o que foi cumprido integralmente neste sábado, 26.

 

Por J+ / Demais FM

 

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