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Carisma, alegria de viver e pescaria: conheça a história da Dona Nena de São Bento do Sul

 

Aurea Machado Stiz, famosa Dona Nena, reside no bairro Serra Alta em São Bento do Sul e é conhecida por muitos pela sua simpatia, sorriso no rosto e humildade. Com uma história de muito trabalho, ela enfrentou desafios ao longo da vida, mas sempre esteve forte para servir de inspiração principalmente para seus filhos que hoje tem a mãe como exemplo de sabedoria e amor à vida.

Passando sua infância em Corupá, Dona Nena mudou-se para São Bento na década de 1960. Naquela época, viver em Serra Alta era completamente diferente do que é hoje. Na Rua Mathias Nossol, onde continua residindo atualmente, havia poucas casas e existia apenas uma mercearia para as compras, situada nas proximidades da Igreja São José.

Lá, a família fazia suas compras mensais, levando consigo apenas o essencial, como feijão, arroz, verduras e outros produtos, todos vendidos a granel. “Pagávamos com o fruto do nosso trabalho, pois meu pai trabalhava na antiga Olaria do Roesler. Como éramos uma família pequena, nos virávamos como podíamos”, lembra.

Mais tarde, aos 19 anos, ela começou a trabalhar na Fiação São Bento, onde permaneceu por quatro anos. Após o nascimento de sua primeira filha, casou-se e deixou a indústria para empreender com seu marido, abrindo um verdureiro e um bar.

“Com o tempo, percebemos que as coisas estavam devagar e decidimos tentar algo novo. Foi quando participamos de um rodeio pela primeira vez, levando sorvetes e outros produtos para vender. Voltamos para casa com o bolso cheio e decidimos então focar em trabalhar em festas. Viajamos por toda Santa Catarina participando de rodeios e outros eventos, até que meu marido ficou doente e não pôde mais ajudar. Foi aí que passei o negócio para nossos filhos”, conta.

Assim, a tradição da família foi sendo consolidada. Dona Nena incentivou seus cinco filhos (foto abaixo) – Marcio, João Santiago, José Fernandes, Valdirene e Sandra – a seguirem o caminho do trabalho, especialmente na área de vendas, onde ela mesma havia deixado sua marca. Durante muitos anos a Praça Jardim dos Imigrantes foi o local onde Nena vendia seus produtos.

 

 

“Depois que meu marido faleceu eu ia sozinha, preparava minhas coisas e ia vender sorvetes, batata frita, algodão doce, maçã do amor e pipoca, todos os sábados e domingos. Tinha muita gente e eu aproveitava para ganhar um dinheirinho extra. Hoje, praticamente toda a família trabalha nesse ramo, e tenho muito orgulho dos meus filhos e netos por isso”, destaca.

Hobby diferente
Após se aposentar, Nena descobriu uma nova paixão que alegrava seus dias. “Certo dia, fui a um torneio de pesca com meu irmão, apesar de nunca ter participado antes. Gostei de ver todos pescando e conheci um amigo que me convidou para ir pescar com ele outro dia. Ele me ensinou a pescar e, desde então, não larguei mais. Fui me aperfeiçoando, comprei vara, suporte e outros equipamentos, e quase todo final de semana estou em algum torneio. Quando não posso pescar, fico nervosa em casa. Já ganhei muitos troféus, medalhas e enchi muitos tanques com peixes por aí”, compartilha, entre risos.

Hoje com 73 anos, ela aconselha os mais jovens a estudar, trabalhar com honestidade e aproveitar a vida. “O que é teu é teu, o que é deles é deles, valorize o que você conquistou e aproveite cada segundo da vida com as pessoas que você ama e fazendo o que gosta”, disse.

 

Por A Gazeta / Demais FM

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