Segurança

Bandidos atacam e não poupam nem voluntários no Rio Grande do Sul

Foto: Dikvulgação/D+News

 

Voluntários que atuam no atendimento às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul relatam um aumento significativo nos assaltos e saque em meio a tragédia que assola o estado. Os próprios voluntários estão sendo vítimas de ataques de bandidos, que não poupam ninguém: assaltam barcos com alimentos e roupas, residências não atingidas e até abrigos. O maior número de casos até agora registrados foram nos municípios de Canoas e Porto Alegre, mas isso não quer dizer que não tenham sido registradas ocorrências em outros municípios.

Empresário que atua com locação e venda de barcos e jetskis está trabalhando como voluntário para resgatar desabrigados em Canoas e afirma ter presenciado os atos criminosos. “É o fim dos tempos. Vi pessoas se organizando para roubar. Fiquei apavorado. Milhares de pessoas desabrigadas, vários voluntários de outros estados, e outras se organizando para saquear o que sobrou”, afirmou nas redes sociais.

“Estão assaltando de barco. Assaltam outros barcos e também as casas vazias por causa das chuvas”, diz uma moradora do bairro Rio Branco. Profissionais de saúde e socorristas também denunciaram casos de falsos chamados de socorro em Canoas, com voluntários recebidos por pessoas armadas perto de casas alagadas. A Polícia Militar confirmou as denúncias e os resgates passaram a ser feitos acompanhados de policiais ou guardas.

Na capital, a Arena Grêmio, que tem abrigado moradores que tiveram de sair de casa, também foi assaltada. “Eles (vândalos) acabaram se alojando e pela manhã (de domingo, 05) e ocorreu um arrombamento na Grêmio Mania, loja oficial do Clube. Não tem como avaliar o prejuízo ainda”, disse o responsável pela Comunicação Social do clube, Paulo Ludwig.

Já em alguns bairros de Porto Alegre, como Humaitá, Farrapos e Sarandi, foram relatados roubos de barcos e reboques e saques de lojas, casas e carros. Até jipes de socorristas foram alvo da bandidagem em meio à tragédia da enchente. Na região metropolitana de Porto Alegre, a insegurança também fez com que moradores resistissem em deixar suas casas.

A força-tarefa de resgate às vítimas foi reforçada no domingo, com apoio de forças de segurança de outros estados, do Exército e da Defesa Civil.  São mais de 2 mil veículos mobilizados para as operações, entre aviões, viaturas e barcos. São mais de 5 mil militares e civis atuando na linha de frente.

 

Fonte: SC Todo Dia

 

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