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Polícia apreende R$ 78 mil de ‘cartel das vistorias’ mas valor pode ser muito maior

 

A Operação Decalque, que investiga um cartel de vistorias veiculares, já apreendeu R$ 78 mil no país. Ao todo, são cumpridos 24 mandados de busca e apreensão. Destes, 13 são em Santa Catarina.

De acordo com a delegada da Polícia Civil de Santa Catarina, Patrícia Cristina Fronza Vieira, podem ter quantias ainda maiores retidas pelos investigados.

“Ainda não se sabe quanto de dinheiro eles lucraram pois ainda estamos em investigação”, explica.

As investigações começaram em julho do ano passado, após uma denúncia, e apuram crimes contra a ordem econômica e associação criminosa. Os agentes descobriram que, em tese, um casal de empresários do ramo de vistoria veicular, atuavam como “dumping”, a modalidade é quando alguém abusa do seu poderio econômico para cobrar preços muito abaixo do mercado.

Como funcionava o esquema?

“O primeiro grupo de empresários era capitaneado por um casal. Juntos, os dois iam em uma cidade com uma empresa já credenciada de vistoria veicular e ofereciam a compra da empresa. Após a compra, eles cobravam de R$ 30 a R$40 por vistoria. No entanto, o Detran cobra R$ 27 por vistoria para que as empresas usem o sistema interligado do Detran. A ação fazia com que os outros empresários não conseguissem acompanhar os valores e obter lucro”, explica.

 

Depois de algum tempo cobrando a taxa abaixo do mercado, as empresas de vistorias aumentavam os valores. Na cidade de São Joaquim, por exemplo, chegaram a cobrar R$ 190.

Informações privilegiadas

Outra informação divulgada pela delegada é de que estes empresários recebiam informações privilegiadas do Detran.

Segundo o promotor de Justiça do MPSC (Ministério Público de Santa Catarina), Wilson Paulo Mendonça Neto, explica que as informações “ajudavam” os empresários a expandir os negócios.

“As informações atrapalhavam o livre comércio. Eles tinham dados restritos ao Detran onde sabiam, por exemplo, em qual cidade instalar a empresa, pois iria dar mais lucro”, diz.

Com os dados de onde obteriam mais lucro, as empresas foram crescendo e dominando o país.

Só para se ter uma ideia, o departamento da Polícia Civil de Santa Catarina informou que os mandados de busca e apreensão são cumpridos nas cidades de Florianópolis, São José, Antônio Carlos, Itapema, Ilhota, Laguna, Tubarão, Criciúma, Forquilhinha, Capivari de Baixo, Santa Rosa do Sul, São Joaquim, Campo Alegre e Rio de Janeiro.

De acordo com o Daniel Regis, delegado da Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), a idéia da operação é impedir que o cartel expanda ainda mais os seus negócios.

 

Informações e fonte: ND+

 

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