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Professores da Rede Estadual de Ensino entram em ‘GREVE’. Saiba adesão em Itaiópolis e as reivindicações da classe.

Foto ilustrativa.
Foto ilustrativa.

 

Os professores da Rede Estadual de Ensino entraram em greve nesta terça-feira (23) em Santa Catarina. A decisão já havia sido tomada na Assembleia no dia 4 de abril.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina, houve uma reunião com o Governador Jorginho Mello, mas ele não apresentou nenhuma proposta para evitar a greve.

Em conversa na manhã desta terça-feira (23) com o Diretor Geral da Escola de Educação Básica Virgílio Varzea Cassiano Gervásio Rodrigues, as aulas permanecem normais até o momento, com baixa adesão à greve.

Já na Escola de Educação Básica Odir Zanelatto, a Diretora Juliane informa uma representação de 31% dos profissionais da educação nesta manhã. As aulas permanecem normais, com atendimento aos estudantes por parte da equipe que permanece na escola.

Já na EEB Paulo Cristiano Heyse da localidade de Moema, nenhum profissional aderiu à greve até o momento, conforme conversa com a Diretora Aline J. Valiati.

Conversamos também com o Diretor Luciano Pankio da EEB Antonio Blaskowski do Distrito de Itaió. Segundo informações, ninguém da ativa de hoje aderiu à paralisação, portanto as aulas seguem normais.

Em contato com o Diretor da EEB Amandus Bauer da localidade de Iracema, Alceu Maguirovski, oito profissionais, torno de 25% dos profissionais da unidade escolar, aderiram à paralisação. Até o momento as aulas seguem normais no período da manhã, já no período da tarde o diretor acredita que mais profissionais devam aderir à manifestação e assim existe a possibilidade de algumas ações de dispensação de algumas turmas devido a não conseguir atender a todos, e para amanhã (24), será avaliada a situação.

Na EEB São João Batista do Bairro Paraguaçu, segundo a Diretora Jucélia, as aulas seguem normal nesta terça-feira.

O Jornalismo da Demais FM falou com exclusividade com a Coordenadora Regional do SINTE de Mafra, Cássia Regina da Costa. Cássia explica os motivos e principais reivindicações dessas paralisações, “os professores estão com salários congelados desde 2021. Reivindicamos a implementação de um plano de carreira, já que hoje temos uma Lei Federal de n.º 14817 que obriga os governos estaduais a implementar o plano de carreira”. Para a professora Cássia,” hoje, em Santa Catarina, um professor que está na Letra “I”, com praticamente quase 30 anos de trabalho, tem o seu vencimento na folha R$ 5.113,00 e um professor que entra no estado também ganha R$ 5.000,00.” A coordenadora explica que “a carreira do professor está praticamente achatada.” Cássia continua falando que “reivindicam também que essa carreira, tenha uma porcentagem maior para as habilitações, para que o profissional seja valorizado, que ao estudar, fazer uma graduação, pós-graduação, mestrado, doutorado, tenha um salário compatível com todo esse esforço e estudo que o professor faz. Uma das reivindicações é sobre o confisco dos 14%, para os aposentados e servidores públicos do estado de Santa Catarina. Após uma vida toda pagando pela sua previdência, para que na sua aposentadoria possam receber um salário digno, hoje novamente os professores após aposentados voltam a pagar os 14%, ou seja, tem os 14% descontados novamente do salário.”

Cássia frisa “a falta de concurso público. Segundo ela, hoje mais de 60% dos professores do estado não fazem parte do quadro efetivo do magistério, são contratados e com contratos precários, muito precário, sem vários direitos, inclusive, explica a coordenadora que um professor “ACT” hoje não pode acompanhar um filho no hospital que fica doente e internado. A lei do “ACT” não dá esse direito, mesmo contrariando o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), segundo ela uma lei maldosa e desumana. Ela ainda menciona a estrutura das escolas. Nem papel sulfite as escolas da regional Mafra têm, os professores estão pedindo doações, ou mesmo o professor leva de casa. Uma decadência total e o governador sem conversar com os professores. Faz um ano e quatro meses que o sindicato tenta abrir uma mesa de negociação, uma audiência, e o governador simplesmente diz que não tem proposta.” Cássia diz que a classe “chegou no limite. Dia 04 de abril, cinco mil professores foram para Florianópolis e lá foi votado pela deflagração da greve a partir de hoje (23).”

A coordenadora finaliza informando “que hoje inicia então o ato aqui no planalto norte em frente a Coordenadoria Regional da Educação em Mafra e São Bento do Sul às 13h00, e após isso será feito um trabalho de adesão para que todos os professores venham para a greve, para que o Governador Jorginho Mello entenda que precisa valorizar a educação e os educadores do Estado de Santa Catarina.”

Em contato com Srª Lisangela Lorena Pinto, Supervisora Regional de Ensino da Coordenadoria Regional de Educação de Mafra, nos informou que a pauta dessa manifestação no momento é da Secretaria de Estado de Administração, no que é de competência da CRE, será cumprido o calendário escolar.

 

Por Demais FM

 

 

 

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