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Produção de alho e cebola ainda sente efeito das chuvas de 2023, aponta Boletim Agropecuário de abril

Olericultura

 

Os preços do alho e da cebola aumentaram gradativamente desde o início deste ano. No mês de março, o preço médio pago ao produtor catarinense de cebola chegou ao maior valor nominal desde novembro de 2019: R$3,82 por quilo. Já o preço do alho, das três faixas levantadas pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa), mais que dobrou em comparação com março de 2023.

A média estadual do preço pago ao produtor no mesmo mês de 2024 chegou a R$12,21 o quilo para o alho nobre tipo dois e três, a R$14,91 para os tipos quatro e cinco e a R$20,81 para as categorias seis e sete. As informações constam no Boletim Agropecuário do mês de abril.

Conforme o analista de Socioeconomia e Desenvolvimento Rural da Epagri/Cepa, Jurandi Gugel, a elevação nos preços se deve a uma baixa oferta dos produtos no mercado. Na última safra, que está em fase de comercialização, a ocorrência de fortes chuvas afetou significativamente a produção catarinense. No caso do alho, a produção ficou em 7,26 mil toneladas, quando a estimativa anunciada em agosto do ano passado era de uma colheita de 10,7 mil toneladas.

Mesmo com os preços em patamares altos, a quantidade importada não foi fora dos parâmetros esperados para o período.  Foram importadas 15,87 mil toneladas, especialmente da Argentina, origem de 93,56% do volume. Isso representa um aumento de 31,48% em relação à quantidade importada no mesmo mês do ano passado.

No caso da cebola, o valor médio recebido pelos produtores catarinenses em março foi 15,75% maior do que o do mês anterior e quase 97% superior ao de março de 2023. As importações no primeiro trimestre de 2024 apresentaram uma quantidade bem superior ao mesmo período dos anos anteriores, 76,9 mil toneladas, reflexo da menor oferta do produto nacional. Em Santa Catarina, maior produtor de cebola do país, foram colhidas 402,9 mil toneladas na safra 2023/2024. Isso representa um volume cerca de 27% menor do que o da safra anterior.

EPAGRI

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