A Universidade Federal do Paraná (UFPR) investiga o envio de mensagens com saudação nazista em um grupo de WhatsApp com os alunos do curso de medicina.
Um estudante foi acusado de apologia ao nazismo após enviar uma mensagem de voz no grupo. O Diretório Acadêmico Nilo Cairo reportou o caso nas redes sociais.
No áudio, é possível ouvir um aluno dizendo “Heil, Hitler” — frase que tem referência a uma saudação nazista (apoio ao ditador da Alemanha Adolf Hitler). Após a mensagem de voz, o estudante enviou “#lacre” no grupo.
De acordo com outros alunos, testemunhas da situação, ele apagou o áudio segundos depois. Os demais estudantes, membros do grupo de medicina, comentaram sobre o caso:
“Não existe bebida no mundo que justifique e torne alguém tranquilo com o nazismo e literalmente gravar alguém fazendo apologia nazista. […] É o pior tipo de coisa que existe no mundo e não pode ser levado na brincadeira”,
escreveu um dos estudantes.
O Diretório Acadêmico Nilo Cairo afirmou, em nota, que a gravação do áudio ocorreu pelo celular do estudante de medicina. Porém, segundo a instituição, a voz era de outra pessoa.
“Houve o envio de um áudio no grupo da turma 20.2 durante a acolhida dos calouros, em que um aluno do 20.2 gravou uma mensagem com a voz de um terceiro indivíduo, fazendo apologia ao nazismo”,
diz a nota.
O diretório acadêmico comunicou que, como instituição representativa dos estudantes de medicina, repudia o caso. A entidade vai tomar todas as medidas legais e institucionais cabíveis contra os alunos envolvidos.
Em nota, a UFPR relatou que instaurou um processo disciplinar para investigar a situação: “O processo será encaminhado para Comissão Disciplinar, que com respeito ao amplo direito de defesa, fará as devidas apurações e oitivas, para depois indicar a conclusão e possíveis punições (se assim for constatado). O processo corre em sigilo para o bom andamento das investigações e proteção das pessoas”.
A Lei 7.716/1989 prevê pena de reclusão de 2 a 5 anos e multa para quem comete o crime de apologia ao nazismo. Ou seja, para quem fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada.
Por Massa News
